Introdução
Quem estudou da quarta a oitava série em meados de 94 a 98, conhece muito bem essa lenda do mal. Lenda essa que abalava o psico dos pivetes, quando durante a aula a querida fessora deixava o aluno ir ao banheiro pra dar um mijão e algum coleguinha da sala soltava a frase clássica:
- Cuidado com a loira do banheeeiro hehehe (geralmente você nunca via quem era o infeliz... oque tornava a situação um pouco mais assombrosa)
A loira do banheiro é sem dúvida, uma das lendas urbanas mais conhecidas do Brasil.
Com o passar dos anos, descobri que existem diversas versões da lenda. Pesquisando web afora encontrei algumas delas. Segue abaixo:
Maria Sangrenta (Bloody Mary)
Maria Sangrenta, também conhecida como loira do banheiro, é uma lenda urbana que teve seu início nos Estados Unidos. Existem várias versões sobre ela, mas a mais conhecida conta a história de uma menina que gostava de matar aula e ficava escondida no banheiro de sua escola. Certo dia, essa menina escorregou, bateu a cabeça e morreu e a partir de então ela passou a assombrar banheiros de colégios e a assassinar os alunos que matavam aula como ela fazia. Esta lenda já foi contada na TV na série Sobrenatural e em vários filmes.
Essa história é muito contada entre alunos, principalmente entre crianças de 9 a 11 anos. Muitas dizem não acreditar, mas apesar disso confessam que têm ou já tiveram medo. “Hoje em dia não tenho, mas na época foi assustador. Porém com o tempo, vemos que não passou de uma brincadeira”, explica a estudante Larissa Ferentz.
Como essa história é mais conhecida entre as crianças, principalmente nas escolas, os professores dizem que se preocupam com o que os alunos acreditam e passam para eles a idéia de que é uma lenda e não uma realidade que já foi provada. “Mostramos a eles as lendas urbanas como forma de conhecimento e que está no campo da ficção e do folclore.” Diz Luciane Pelanda, coordenadora do Colégio Energia Ativa.
Maria Augusta, "A loira do banheiro"
Saindo de Levallois Pereire, caminhando nas ruas de outono para a Cidade das Luzes, passando pela Avenida de Wangram, já se vê a Rua Alphonse de Neuville. Ali, no número 35, faleceu a Bela Maria Augusta. Apesar de tanto ter amado Paris, e como tantos brasileiros que por lá ficaram ou morreram, a exemplo de D. Pedro II, Maria Augusta nasceu no Brasil, em terras valeparaibanas.
Quem visita a escola ‘Conselheiro Rodrigues Alves’, em Guaratinguetá, não vai sair sem escutar algumas histórias sobre ela, que de acordo com os funcionários da instituição, caminha pelos corredores e pelos salões do prédio.
Maria Augusta era filha do visconde Francisco Oliveira Borges e da viscondessa Amélia Augusta. Nascida em 31 de dezembro de 1864, numa época em que pouco a mulher podia sobre si, a menina teve que se casar, de acordo com os interesses paternos, aos catorze anos, com um conselheiro do império, Francisco Dutra Rodrigues. O casamento não deu certo e Maria Augusta teria fugido para a Europa com um ministro das finanças do Império. Pouco se sabe de sua vida fora do país, mas fica o registro de sua beleza que encantava senhores europeus e brasileiros como o Conde d’Eu, marido da princesa Isabel.
No Velho Mundo, Maria Augusta adoeceu e em 1891, aos vinte e seis anos, faleceu. Seu corpo foi enviado para o Brasil aos cuidados de sua mãe que a esta altura era viúva. A demora em terminar a construção do mausoléu que abrigaria seus restos mortais fez com que seu corpo ficasse exposto no sobrado. São deste período as primeiras aparições de Maria Augusta que vinha pedir para ser enterrada com brevidade.
Mesmo depois de seu sepultamento, seu fantasma continuou a vagar pelo sobrado, dizem que quando ela passa, um perfume se espalha pelo ar e é possível escutar o ruge-ruge dos tecidos esbarrando nos móveis. Muita gente afirma ter escutado também som de música, uma melodia triste e distante.
Estudiosos discutem que o fantasma da Bela Maria Augusta pode ter dado origem à lenda da Loira do Banheiro. Já alunos do casarão dizem tê-la visto saindo do banheiro depois de ter aberto todas as torneiras das pias.
A vida e a morte de Maria Augusta despertam muita curiosidade em escritores, pesquisadores e leitores. Controvérsias históricas a respeito de sua vida são motivadas por diferentes posições sobre a pesquisa histórica, mas o fato é que a personagem se impregnou no imaginário coletivo valeparaibano. A cada nova descoberta, mais intrigante fica.
Outra versão de São Paulo - SP
Diz a lenda que uma garota muito bonita de cabelos loiros com aproximadamente 15 anos, sempre planejava maneiras de matar aula. Uma delas era ficar no banheiro da escola esperando o tempo passar. No entanto um dia, um acidente terrível aconteceu. A loira escorregou no piso molhado do banheiro e bateu sua cabeça no chão. Ficou em coma e pouco tempo depois veio a falecer.
No fim de tudo isso, a menina não se conformou com seu fim trágico e prematuro, sua alma não quis descansar em paz e passou a assombrar os banheiros das escolas
O Ritual
Contava os pivetes da escola que, para a loira do capeta aparecer e decepar a sua cabeça, um ritual sagrado deve ser feito.
O que é preciso?
Um banheiro
Uma privada que dê descarga
Uma boca suja (se não souber falar palavrões...aprenda)
Um espelho (no caso de invocar Bloody Mary)
O Procedimento
Entre no banheiro, chute a privada 3 vezes, dê descarga 3 vezes e pronuncie 3 palavrões (3² 3² 3²= 666), e prepare-se para morrer.
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